terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Behind the counter II - Prazo de validade

Depois das pessoas que vêm reclamar dos produtos vendidos fora de prazo porque se enganam a ver os números (eu sou adepto da marcação destas coisas com quatro dígitos no ano, para evitar confusões...), agora temos uma nova espécie de "reclamadores"...

Esta foi com o Sr. Carlos, que as apanha ainda melhores do que eu:

- "Oh Sr. Carlos, era para ver se me podia trocar isto por outro com prazo mais longo...
- (depois de ver que o prazo tinha terminado quatro meses antes) Pois, Sr. Fulano, já não podemos fazer nada. Este prazo já passou há um tempo...
- Não podem? Então o que é que eu faço agora?
- (...) Lixo! (que é como quem diz, por estes lados, Valormed)"

Como se houvesse outra coisa qualquer que nós pudéssemos fazer. Os milagres são noutra casa.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

"Agradecimento"

É por estas e por outras que eu tenho de deixar de ser "bom rapazinho"...
Porque "agora não dá aqui muito jeito", um gajo abdica das coisas a que tem direito (nomeadamente porque, para não ser favor, já sai do bolso!) e fica entalado, e depois ainda parece que fica mesmo a dever favores...

Só tenho pena de não ser esperto o suficiente para conseguir responder na altura como agora, tarde demais, sei que devia ter respondido... mal do costume... história do mexilhão.
E acho-me, eu, um fast-learner... yah, right...

(se o meu espírito natalício, este ano, tem andado assim... valham-me os fritos da Avó Adília...)

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Balanço

Assim em jeito de balanço, quer-me parecer que, entre ATB's, AINE's e outros que tais (sem esquecer, claro, o meu bom amigo Kompensan...), tomei mais medicamentos este ano do que tinha tomado até hoje.
Parece-me, assim por alto...
E parece-me que ainda não fico por aqui :S

Se era para tratar assim o meu fígado, valia bem mais a pena ter bebido umas caipiroskas...

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Fotografia

Gosto de fotografia! Muito! E, como existem imagens para mil palavras, também existem palavras para mil imagens...

"O homem que vive nos seus olhos acha-se continuamente perante cenas e espectáculos que lhe despertam a atenção ou admiração e exigem uma reacção adequada. Passar sem fazer uma pausa é impossível e continuar após um simples aplauso mental insatisfatório; tem de pagar qualquer tributo real. A fotografia, para muitos dos seus adeptos, representa um meio conveniente e simples de saldar as dívidas ao mundo visual."

Edwin Smith, fotógrafo inglês 1912-1971

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Siso

Hoje foi dia de tirar o siso. Exodontia, que, dito assim, até parece uma coisa fácil... mas que até não é assim tão difícil. Pelo menos para já, que ainda não sinto metade da cara nem da lingua, enquanto é tudo só uma bola amassada e dormente. Valha-me o Brufen da manhã e gelo, muito gelo.

(Se não tiver cuidado, acho que posso estar a babar-me e nem dar por isso...)

O que mais custou, afinal, foi esta última semana, com doses (cavalares) de anti-inflamatórios que não evitaram dores nem febres nem acordar a meio da noite (e ter de me levantar e fazer um ligeiro snack nocturno para, logo a seguir, tomar mais uma dose...).

Deve ser daqui que vem a expressão "sisudo": faz-nos andar de semblante e cara fechados, rabugentos e respondões, sem paciência, irritados e irritadiços...

Ah, pois... entretanto vai o do outro lado...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Behind the counter I

Behind the counter: histórias desta vida de contactos de(s)humanos, com um (quantas vezes providencial) balcão de permeio.
.
"
- Olhe, tropecei no sofá e depois bati aqui com a perna... não me põe aqui qualquer coisa?
- (depois de uma ligeira hesitação, entre o confundido com o sotaque, o contundido com a proposta e o indeciso da necessidade da intervenção) Pois, não temos aqui nada para lhe pôr, só se quiser comprar uma pomada...
- (pergunta quase obrigatória) e isso é muito caro?
- ... vou ver...
.
(Lá trouxe uma pomada que podia ser; consegui acertar à segunda...)
.
- Veja lá o que me acontece... Até rompi a meia toda... E é o menino que me vai pôr isso aqui? - pergunta a sra, de olhos suplicantes, a dar a volta ao balcão enquanto levanta a saia para eu ver a mancha avermelhada da coxa e a meia desfeita...
.
- aaaaa... aaaaa... isso não é dificil de pôr... - respondo eu. Depois de passar o arrepio...
"

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

...

Hoje precisava mesmo era de uma experiência catártica...

... embora não tenha a certeza do quê ou do porquê disto tudo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Ir à guerra

Pois é, pá...
Por causa daquela nossa conversa de ontem, fizeste-me lembrar daquele "maravilhoso" filme, o "Karate Kid"...
Se o visse agora, outra vez, talvez achasse aquilo uma grande banhada, mas o velhote disse lá uma coisa de que nunca me esqueci.
Mais ou menos isto:
"You must never fight! But, if you really have to, then fight to win!"

Se precisares de um homem no canto do ringue...

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Cores de Outono

Ontem o dia começou cedo. Muito cedo, aliás, ainda antes das 07:00, com aquela estúpida música a ressoar-me nos ouvidos (ainda gostava de perceber porque só sonho e acordo com músicas de que não gosto... Rhianna??? Valha-me Deus...).
Podia, portanto, dizer "ontem o dia começou cedo e mal!"

Até não :)
Depois da chávena de café, o cérebro lá sintonizou "Elderly woman behind the counter in a small town", bom prenúncio para enfrentar o frio da rua. E a neblina, ontem quase tão espessa como algodão e a deixar tudo com aquele ar de "Sleepy Hollow" de que tanto gosto. A puxar, claro, para a fotografia, tanto que, vejam bem, usei a câmara do telemóvel. À espera de chegar a S. José e que a neblina se mantivesse, para usar a máquina a sério :)

Enganei-me! Parecia uma parede, por cima do rio. De um lado algodão, do outro um Sol radioso. Nada de fotos, portanto, mas a vontade lá ficou. À espera da hora de almoço.

Ontem fui, outra vez, beber um café ao Santa Cruz. E com bónus, que na semana do S. Martinho é tempo de um cartucho de castanhas (e boas que eram, e todas!, nem uma com bicho...).

Pelo caminho, de ida e de volta, umas voltas pelo parque (várias voltas, que 3 horas de almoço dão para muito...) e descobrir que, afinal, num sítio que já fotografei tantas vezes ainda existem mundos inexplorados. Coisas novas! As cores de Outono no auge! E um gato :)
Acho que nunca antes tanto tempo de almoço me tinha parecido insuficiente... mas lá voltei, a olhar por cima do ombro para aquelas luzes do fim de tarde, mais gelado mas com muito menos frio.

Chegado a casa, prontinho para ver as fotos em grande, carrego no botão e... nada! Ver tomadas, ver fios, ligações, e nada. Computador morto. Zero. Nem zunia. Kaput!
Deixei para hoje, não fosse uma "insignificância" como talvez-ter-ficado-sem-computador estragar-me um dia que quase tinha começado mal mas tinha corrido tão bem.
Será que hoje voltas à vida? Please?


"Elderly woman behind the counter in a small town", Pearl Jam, VS., 1993
"Sleepy Hollow - A Lenda do Cavaleiro sem cabeça", Tim Burton, 1999

(Estranho a maneira como os ciclos se fecham e as partidas que o nosso cérebro nos prega... adormecer, também, com uma música de que não gosto? Rhianna, OUTRA VEZ??? Onde é que eu vou buscar estas coisas?)

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Re-esfriado

Hoje tenho o termostato completamente avariado...
'
Corre-me o nariz como se fossem as comportas da Aguieira...
'
Tenho um clima global pelo meu corpo fora: as costas no calor abrasador do Sahara; os braços mergulhados no Atlântico e no Pacífico; os pés variam entre as nascentes térmicas e o espaço sideral;
'
O resto, diria eu, está como se um El Niño me percorresse, de Norte a Sul, possuído por um diabo-da-Tasmânia...
'
Ainda mais dois dias disto?

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Porquê? 's

Ontem, depois de deambular um bocado por esta teia de links e de encontrar mais umas páginas interessantes, dei comigo a pensar na abundância de alguns. E, por oposição, na escassez latente (latente, presente e por demais evidente) de publicações que aqui produzo...
'
Dei comigo a pensar nas vezes que aqui venho e não deixo nada. Nas vezes que abro uma nova mensagem e saio sem sequer uma letra. Nos dias sem registo, sem palavras, como se hibernasse, como se não vivesse.
'
E, claro, veio a primeira pergunta: "Porquê?"
'
Porquê os dias em branco, quando sei que tanto por dentro se agita? Porquê a aparência tranquila quando as profundezas se revolvem e revoltam? Porquê não admitir e não reconhecer receios e anseios? Dúvidas? Sentimentos e alegrias? Tristezas e desalentos?
'
Mais uma vez, porquê?
'
Respostas? Às vezes, não tenho. Ou melhor, às vezes tenho, o que explica o que, às vezes, escrevo.
'
E essa foi a única conclusão de ontem: um post não tem de ter respostas!
'
De tão elementar, sinto-me um bocado estúpido por só agora aqui chegar:
'
- Porquê tanto medo de, tantas vezes, não ter nada mais do que perguntas?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Remember, remember...

"Remember, remember,
The fifth of November,
The gunpowder treason and plot.
And I see no reason
Why the gunpowder treason
Should ever be forgot..."
:
(A ver se me lembro de tudo o que me desacomoda no Guy Fawkes...)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Chico Buarque

Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
...isto é carência.
.
Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
...isto é saudade.
.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos...
...isto é equilíbrio.
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Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...
...isto é um princípio da natureza.
.
Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...
...isto é circunstância.
.
Solidão é muito mais do que isto. Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos,
em vão,
pela nossa alma...
Chico Buarque

sábado, 11 de outubro de 2008

Dia perfeito...

Confesso que nunca acreditei em dias perfeitos.
Sempre pensei que, no meio de tudo o que de bom e de feliz um dia pode ter, haveria sempre alguma coisa de menos... perfeito.
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Afinal enganei-me :)
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Se algum pormenor houve que pudesse ter estragado isso... passou-me ao lado!
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Pois é... muito feliz!!!
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Marrakech... here we go!!!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

E hoje, o Outono...

E hoje o Outono bateu-me na cara...

Assim de repente, sem aviso. Fingiu-se desaparecido estes dias, como se tivesse decidido adiar a visita para o ano que vem. Como se "deixa lá isso e os casacos, vou deixar o Verão estafar-se até ao fim, enquanto eu ainda saboreio mais uns solzinhos antes de me meter ao trabalho..."

O fulano é tramado!

Abri a porta a olhar para os tons quentes do nascer do Sol, por cima da serra, e ele apanhou-me de surpresa. Estava emboscado logo ali na soleira, colado às paredes a toda a volta, nem respirava para não se denunciar...

Ontem ainda pensei tê-lo ouvido... à noitinha, enquanto me deleitava com o café, ouvi um restolhar de passos familiar. Vim à janela, curioso, espreitar, mas não vi nada. Pensei que o arrepio fosse do fresco das noites de Verão, mas, afinal, já era ele a passar-me os dedos pelo pescoço.

Matreiro, o fulano! Insinua-se e esconde-se, faz-se adivinhar e camufla-se, vai-e-vem, faz-de-conta... Mas também, o que esperar de um tipo chuva de manhã-Sol à tarde? Calor-frio? Cinzento-luminoso? Preto-e-branco/Multicores? Este, que deve ter aprendido as artes com o risonho deus Loki, faz das partidas um verdadeiro "trick or treat" halloween'esco, espalhado por vários meses e com dosagens diversas.

Seja como for, quando atravessei a porta, com a boca aberta, de espanto e de bocejos, o Outono bateu-me na cara! Assim, de rompante, de chofre, de repente.

Bateu-me na cara e rodeou-me, sem rodeios passe o pleonasmo, entranhou-se-me pela camisola acima e pelo colarinho abaixo, tentou entrar por todos e por cada poro. E começou a rir-se! De mim! Da minha cara...

Surpresa!, dizia ele, entre cada gargalhada e cada investida, como se alguma possibilidade houvesse de eu estar distraído. Surpresa!, ria-se ele, revolteando, vindo e fugindo, mais um arrepio aqui e um friozinho na barriga por além...

Depois lá foi. A rir-se, claro, a diluir-se na distância e nos raios amarelos e rosas, a fazer-se novamente esquecido no calorzinho bom do Sol que ia aparecendo e novamente a fazer caretas e a tirar a língua nas sombras do caminho.

Lá pensei eu, também já a rir-me, claro, que agora ficava avisado. Que este, este ano pelo menos, já não me apanhava desprevenido, desprecavido, de surpresa. Ah! Mas eu avisei-vos: o Outono, esse fulano, é tramado. É malandro, matreiro. É maroto!

E então, ia eu pela Baixa depois de almoço, a saborear o café e o quente do Sol alto, quase de Verão (distraído, claro!) e aquele tipo, por cima do meu ombro, matreiro, traquinas, a rir-se, claro!:

- Surpresa!

Aaahhh.... aquele cheirinho a castanhas assadas...

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Do que somos feitos?

"A paisagem dos meus dias parece compor-se, como as regiões montanhosas, de materiais diversos acumulados desordenadamente. Encontro aí a minha natureza, já compósita, formada em partes iguais de instinto e cultura.
Aqui e ali afloram os granitos do inevitável, por toda a parte os demoronamentos do acaso."
"Memórias de Adriano", Marguerite Yourcenar

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Pergunto-me...

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"Pergunto-me o que possuo verdadeiramente.
Pergunto-me o que subsistirá de mim depois da morte.
A nossa vida é breve como um incêndio.
Chamas que o transeunte esquece, cinzas que o vento dispersa:
Um homem viveu."
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Omar Khayyam

De(...?) de Amor

De(finição)...
De(claração)...
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"És como o meu sistema complemento: medeias a cadeia dos meus processos inflamatórios, conducentes à minha recuperação tessidular. Até eu ficar sarado."
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Def ou Dec não sei... mas teve a sua piada :)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

15 de Setembro - "Se..."

" "Se"...esta palavrinha é muito perigosa. Pode-nos encher a vida de "condicionais", e levar a adiar tudo ou a desistir. Se eu soubesse o que se vai passar, se estivesse nessa situação, se fosse mais magro, se tivesse mais dinheiro, se não fosse a chuva...então seria, faria, aconteceria... Mas só há uma maneira de viver: com o que sou, aqui e agora. O resto é tentação!"

"Não há soluções, há Caminhos"
Vasco Pinto de Magalhães

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Acordo Ortográfico

Andava aqui pelas noticias e fui ter a um site da Globo, brasileira, com noticias e comentários acerca do acelerador de particulas que começou ontem a funcionar no CERN.

Fui porque gosto de Ciência. Acho, portanto, que a tendência de todas as coisas é de evolução. De melhoramento. De aperfeiçoamento (não de perfeiçao...).

Isto a propósito do Acordo Ortográfico...

Consigo concordar que a nossa Língua evolua. Que evolui, de facto. E que me será difícil reaprender novas formas de escrita e novas regras. Mas, POR FAVOR, não me deixem (ou não me obriguem...) a chegar a isto...
Leiam os comentários. Podem até nem ligar ao conteúdo. Vejam só o Português(?) usado. Pensei em fazer aqui uma selecção, mas, atendendo à quantidade e à qualidade...

Até podia ser cómico, à boa moda do Cândido Barbosa. Mas eu nem consegui rir...

Constatação Matinal

Às vezes, é fácil esquecer as coisas importantes...

Às vezes, é fácil empurrar para cima de quem nos apoia...

Às vezes, parece que precisamos de um post-it fluorescente para nos lembrarmos do mais essencial...

... do invisível aos olhos!

domingo, 24 de agosto de 2008

A Vida ao Contrário

Ainda não me tinham apresentado argumentos destes...

"In my next life I want to live my life backwards.
You Start out dead and get that out of the way.
Then you wake up in an old people's home feeling better every day. You get kicked out for being too healthy, go collect your pension, and then when you start work, you get a gold watch and a party on your first day.
You work for 40 years until you're young enough to enjoy your retirement. You party, drink alcohol, and are generally promiscuous, then you are ready for high school. You then go to primary school, you become a kid, you play. You have no responsibilities; you become a baby until you are born.
And then you spend your last 9 months floating in luxurious SPA-like conditions with central heating and room service on tap, larger quarters every day and then Voila!...
You finish off as an orgasm!
I rest my case…"

Woody Allen

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Em prol" da "Centésima"...

"Em Prol" da "Centésima"...
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Duas pérolas do atropelo diário à nossa Língua, que passam, infelizmente, cada vez com maior frequência, nas nossas televisões.
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Dizia o Cândido Barbosa, depois de ter ganho a etapa de hoje da Volta:
- "Ando desde o inicio, desde a primeira etapa, a lutar em prólogo desta vitória."
Esta, a centésima da carreira (em etapas, e que deu origem à pergunta "Será esta a mais especial?"
Ao que ele respondeu:
- "Não, não é por ser esta a minha centuagésima vitória..."
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Centuagésima? Centuagésima? Centuagésima?????
Oh Cândido, esta nem eu com quatro anos... É uma pena não falares como pedalas... ou não te calares até recuperares o fôlego...
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Ou não deixares de pensar tanto na prole :)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Seu Jorge

Por falar em (bons) exemplos...
Mesmo para quem não goste da sua música, o seu percurso de vida fala por si...
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“Fui muito tímido, sabe?! Mas depois percebi que quem não se comunica se trumbica que é o mesmo que dizer que quem não fala das suas coisas e dos seus problemas, perde a oportunidade de os resolver. Se eu não falar nada, os outros não me podem ajudar em nada e eu fico para trás. Aprendi com a vida que não podemos deixar de falar, de comunicar, de pedir ajuda e de ajudar.”

Seu Jorge

Beijing 2008

Não sei bem se foram duas horas de sono mal dormido ou se vai ser um dia inteiro de sono mal acordado...
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Sei que valeu a pena ficar acordado para ver a nossa Vanessa a receber o merecido prémio pela sua constante superação.
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Sabe bem ver a nossa bandeira nestas coisas. Para lembrar que também temos grandes e bons exemplos. E que não se esgotaram na nossa Epopeia dos Descobrimentos...
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Vai um café?

sábado, 16 de agosto de 2008

Dualidade de critérios

Há dias em que coexistem cá dentro opiniões díspares. Discordantes. Às vezes, a raiar o tumultuoso.
Umas partes dizem que sim, outras dizem "nunca mais"...

Infelizmente para mim, o meu bem-estar geral parece não ser capaz de convencer o meu estômago acerca das qualidades de uma boa caipiroska...


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

P.S.

Ocorreu-me mesmo agora...
Será esta (dis)funcionalidade um caso de dislexia computacional?

Ou será que, adaptando-se a cada um que nele escreve, pense que "Enter/Enter" seja um convite demasiado perigoso a uma proximidade que se avizinha?
(Ou que se adivinha, continuando com estas dislexidades...)

Já agora, vale(-me) a pena pensar nisto...

À minha maneira

Há coisas que me chateiam.
Imposições, por exemplo. Falta de escolhas. Falta de explicações. Falta de bifurcações no caminho.
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Imposições de pontos de vista. Os "porque sim (ou que não...)", "porque eu quero", "porque é assim", "porque eu mando"...
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O assumir de que há sempre alguém que sabe mais ou melhor do que nós próprios. O não saber distinguir entre um conselho e uma ordem velada. Entre o ajudar a levantar e a fazer os curativos no joelho e o "eu bem te disse...", de indicador espetado...
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Chateia-me, portanto, esta mania do blogspot de, quando lhe apetece, não assumir os meus espaços entre linhas. Volta e meia, em alguns posts, come os meus enters e junta coisas que foram feitas para ficar separadas.
Porque fui eu que as fiz, e é assim que eu quero!
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(Hoje também é o caso, só para me dar razão...)
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Nesses dias tenho de usar de estratégia: se não aceitas enters (se calhar porque não atinges que facilmente o enter se torna entre...) terás de aceitar pontos.
Que se tornam aqui, literalmente, os meus pontos (de vista).
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Se calhar tenho de fazer isto em mais situações: meter os meus pontos, nem que seja à força (meter as vistas era capaz de ser mais perigoso)!
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Podes não querer fazer o que eu quero; mas eu também não!
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Aqui, pelo menos, há-de ser
.
À minha maneira
.
Em qualquer dia
A qualquer hora
Vou estoirar
P'ra sempre
Mas entretanto
Enquanto tu duras
Tu pões-me
Tão quente
.
Já sei que vou arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira
.
Por esta estrada
Por este caminho a noite
De sempre
De queda em queda
Passo a passo
Vou andando
P'ra frente
.
Já sei que vou arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira

"À minha maneira", by Xutos & Pontapés, in Vida Malvada

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Segundos sentidos

Dizia o Themba, certa vez:
"Sinto-me como um comboio em alta velocidade, prestes a descarrilar"
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"Carregado de energia", como diria depois a oitavaestrela...
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No inicio isto parecia-me uma coisa pouco recomendável. Quase assustadora :)
O "prestes a descarrilar" demasiado parecido com perder o controlo, o rumo, o Norte...
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Agora... acho que precisava mesmo era de ganhar velocidade (alta velocidade, ritmo intenso, energia cinética pura) e descarrilar à séria
.
(ainda pensei usar a parábola do elefante
a correr dentro da loja de cristais)
.
sair destes carris que me imponho
.
(a correr à desvairada,
a partir a louça toda)
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deixar de olhar só para a frente e virar a cabeça, mirar o horizonte todo, sentir o vento
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(talvez na conta viesse
qualquer coisa mais
do que cacos e vidros estilhaçados)
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sentir-me vivo e sentir o mundo à minha volta
.
(talvez viessem também
resíduos estilhaçados da minha vida)
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sentir as pessoas à minha volta, sentir o seu calor, ouvir os seus risos.
Sentirem-me, conhecerem-me, saberem o que sou
.
Quem sou
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(talvez viessem, à mistura,
cifrados nos números do prejuizo,
os ganhos muito para além dos materiais)
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Mesmo sabendo que
"Sou sempre eu mesmo! Mas, com certeza, não serei o mesmo para sempre!"

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Windows is shutting down

Aconteceu-me agora mesmo uma coisa nova...
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Aqui a olhar para o computador e... sabem como é, quando mandam fazer qualquer coisa simples e o cavalinho fica para ali tempos infinitos a correr, à espera, como se a operação fosse muito complicada?
Quero dizer, quando o computador cracka?
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Pois, foi isso mesmo. Mas ao meu cérebro, não ao posto de trabalho...
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Não cheguei a precisar de um restart. Entrei só em hibernação durante uns dois minutos.
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Se calhar devia trocar o processador. Ou meter mais memória, para melhorar as performances...
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Na falta de melhor, já ia era de férias...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Constelação das minhas Estrelas

Acho muita piada a esta ideia...
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Os Amigos, à nossa volta, são como uma constelação. Pessoal, porque as vemos como mais ninguém. De uma perspectiva única, porque o céu de cada um de nós é, também, único.
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Gosto de pensar que, não fazendo eles o nosso Caminho, estão por ali a dar-nos indicações. Como aos navegadores por mares desconhecidos, não nos evitam as tempestades mas sempre nos vão dizendo, mais ou menos, onde estamos. São referências. Desde que nos lembremos de levantar a cabeça e olhar para cima...
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E gosto de pensar que, pelos principios da reciprocidade destas coisas, eu também deverei luzir ai por um ou dois céus. Ajuda-me a manter-me no sitio :)
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Por isso, aqui deixo o meu Obrigado às estrelas da minha constelação. Que os nossos azimutes se cruzem por muitos anos!
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E desculpem lá se, às vezes, é preciso muito mais do que um astrolábio e um sextante para saber a minha posição :D

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Como?

Cristo disse: "ama o teu próximo como a ti mesmo!"
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Talvez seja no pormenor do "como a ti mesmo" que se expliquem as enormes distâncias que eu, por vezes, imponho...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Coragem

No meio dos turbilhões e das dúvidas, algures entre o desespero e a vontade de desistir, nem sempre é fácil continuar.

Mas importante é nunca parar!

"- Não sei se existe Deus – disse ele, para as àrvores à sua volta. – E não posso pensar nisso agora, porque também enfrento o mistério.
(…)
Talvez estas pessoas não me entendam; talvez desprezem os meus esforços; mas sei que tenho tanta coragem como estas pessoas, porque procuro Deus sem acreditar n’ Ele.
Se Ele existe, é o Deus dos valentes."

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Será que se pode explodir quando se está cheio de Vazio?

Significados Ocultos

1 - 14 - 14 - 4

1 - 7 - 6 - 9

8 - 10 - 10 - 5

13 - 2 - 3 - 15

sábado, 21 de junho de 2008

Solstício de Verão

Nesta altura, no Solstício de Verão, do dia mais longo e da noite mais curta do ano, quando os mitos e os contos sobre rituais e antigas tradições parecem ganhar outros sentidos e significados, achei piada ter voltado a encontrar isto...

"Deus pôs a sua farmácia nas florestas - disse Wicca, num dia em que as duas descansavam sob uma àrvore - para que todos os Homens pudessem ter saúde."

Paulo Coelho - Brida

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Linguagem

"Linguagem é sempre duplo sentido, alusão.
Só os auto-suficientes supõem que dizem o que querem e com todo o rigor.
Não há tal."

Vitorino Nemésio (1901-1978)

Por acaso...

Domigo à noite, por acaso, voltei a bater com o pé. Com força!
E mesmo ali naquele sítio... Doeu à séria! Doeu até chorar...

Pensei que ia voltar a estar mais uma semana a coxear. E com mais dores...

Afinal... e por acaso...

Ontem andei bem. Mas achei bom de mais para ser verdade. Resolvi tirar as teimas hoje.

E, por acaso... acho que está bom! O osso deve ter ido parar ao sítio certo :)
Siga!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Acaso

"Acaso é o pseudónimo que Deus utiliza quando não quer assinar"

António Lobo Antunes - Segundo Livro de Crónicas

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Boa Sorte, Tiago(s)!


Sabem aquelas coisas que nós dizemos que queremos ser "quando formos grandes"? Tipo... jogador de basket, astronauta (ou viver do subsidio, como está a ficar na moda por estes dias...)?

Lembro-me de querer ser duas coisas, em miúdo (ok, queria ser mais do que isso, mas agora vou esconder ligeiramente a minha costela egoista...): bombeiro e dador de sangue. Obrigado ao meu pai, ele Bombeiro e Dador de Sangue, por me ter sempre levado com ele. Para mostrar que as agulhas não são bicho-papão! :D

Isto para dizer que nunca cheguei a tornar-me bombeiro, mas sou Dador de Sangue. Desde os 18.

Nestes últimos anos, para ter uma referência, resolvi dar sangue em Abril. Mês em que faço anos e, por isso, em que posso dar alguma coisa, além de receber.

Este ano, como andava a tomar umas coisas por causa do pé (esta história do dedo torto começa a tornar-se numa obsessão...) tive de adiar uns dias a dádiva. Mas lá fui, na semana passada. E, como me parece que fazer isso uma vez por ano não é nada de especial, decidi também inscrever-me como Dador de Mèdula Óssea. Já estava marcado para esta semana, quando as minhas horas de almoço voltam a ser maiores e desocupadas.

E foi neste ponto, nesta estranha(?) coincidência, que a Providência resolveu atravessar: hoje houve uma campanha de recolha, nas Medicinas. A favor do Tiago. Ou melhor, organizada para o Tiago, a favor de outros Tiagos que também precisam. Por isso lá fui. E vim, com alguns "mais" na bagagem: mais uma picada no braço, mais um pensinho, mais uma hipótese de ajuda.

Por isso, já agora... Boa Sorte, Tiago(s)!

Se não puderam ir, se não souberam, mas se quiserem saber mais, vão aqui!
'Bora lá?

sábado, 17 de maio de 2008

Alegoria - a vida é como uma dança

A Vida é como uma Dança

Se te preocupas demasiado com os passos e com a coreografia, provavelmente fazes boa figura, com poucos erros, mas acabas sempre a pensar no que poderias ter feito melhor.
A música passa-te ao lado, assim como o teu par, e chegas ao fim a pensar no que fizeste ao tempo.
Por outro lado, se tentares rir...
Provavelmente enganas-te. Fazes uns passos ao lado. A coreografia não fica perfeita.
Mas chegas ao fim a pensar como o tempo passou rápido. Como te divertiste e como até repetias outra vez.
Como sabe bem a companhia do teu par e como ficam giros os movimento dos outros pares.
A Vida não é para ser perfeita. É para ser divertida!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Conceito

Segundo o Dicionário http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx :

CONCEITO
do Lat. Conceptu
s. m.,
tudo o que o espírito concebe e entende;
entendimento, ideia, opinião;
concepção;
síntese;
a mente, o juízo, o entendimento;
máxima;
dito sentencioso;
moralidade;
parte da charada que indica o significado da decifração.

Conceito:
Do alto das minhas certezas, das de agora, sei que a segurança não advém das fortalezas que erguemos. E que nos isolam.
Sei que a proximidade tem duas distâncias e dois sentidos: de mim e para mim.
Sei que a cumplicidade se faz de palavras, de risos e de choros, de tempos e de momentos, de partilhas e proximidades. Em vez de omissões e distâncias e silêncios…
Sei que os outros podem (ou não :) ) gostar de mim por aquilo que sou. Mas que nunca o saberão (saberemos?) enquanto não me conhecerem.

E sei isto porque sei… não, porque sinto que a Vida não é para ser sabida: é para ser sentida!

Sei que muito perdi já, dentro dos meus castelos. E sei que, estranhamente, as minhas seguranças degeneraram em inseguranças.

Sei agora, chegado a esta idade, que a única forma Feliz de enfrentar o Mundo não é armado até aos dentes e com cara de mau (estão a ver? assim tipo Rambo, a chispar fogo pelos olhos, fumo pelo nariz e com cheiro a sovaco fermentado…).
É de braços abertos! De peito feito (como na tropa, e não como… enfim…)! De riso na cara! Sem medo e sem medos…

Ok, isso às vezes faz doer um bocado. Também já sei isso… Os joelhos ficam esfarrapados das quedas e as costas ficam doridas da mochada.

Mas, estranhamente, descobri que a Vulnerabilidade (e a Amizade, e a Proximidade, e a Intimidade, e outras "idades" que tais) não rima com dor, nem com medo, nem com segurança (ainda para mais porque não anda com colete reflector nem com joelheiras e capacete).

Vulnerabilidade rima com entrega (ahahah…).
Vulnerabilidade rima com Integridade.

Vulnerabilidade entretece-se com Felicidade.

Preconceito

Preconceito ou pré-conceito:

É um facto da (minha) vida que a única forma de nos protegermos é escudarmo-nos. Defender-nos. Erguer muros e barreiras. Calarmo-nos e escondermo-nos. Desviar olhares e atenções. Passar despercebidos. Não intervir, não contestar, não opinar.

Fugir?

Portanto,
Preconceito: "a tua segurança é inversamente proporcional à tua vulnerabilidade"

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Gatos e Cães

"- Que disparate! - declarou o Dr. Greysteel. - Quem já ouviu dizer que os gatos fazem alguma coisa útil?
- A não ser olharem-nos com um ar desdenhoso - disse Strange. - Isso tem uma espécie de utilidade moral, acho, ao originar que nos sintamos desconfortáveis, induzindo-nos a reflectir seriamente sobre as nossas imperfeições."
"Jonathan Strange e o Sr Norrell", by Susanna Clarke
.
Não sei dizer quantas vezes senti alguma coisa parecida com isto (ou terá sido exactamente isto?).
.
Também não sei contar as vezes que me perguntaram (ou perguntei...) "Gostas mais de cães ou de gatos?"
Normalmente gosto mais de gatos! Mas os cães... principalmente alguns cães... deixam-me sempre uma réstia de dúvidas quanto às minhas preferências.
.
E hoje tenho andado a pensar nisso. Porquê? Porquê uns ou outros (aliás, uns a outros...)?
.
Acho que tem a ver com a minha disposição no momento.
Os cães são dóceis, fiéis, sociáveis. Companheiros!
Os gatos também podem ser eventualmente sociáveis... mas são, essencialmente, selvagens!
.
É por essas e por outras que, às vezes, gosto mais de lobos...

domingo, 4 de maio de 2008

Mãe

Já agora que aqui estou, e enquanto o sono não se acumula o suficiente para vencer esta vontade de não-dormir...

Obrigado, Mãe! Gosto muito de ti!

Não porque seja o vosso dia. Não porque só o mereçam um dia por ano :)
Mas esta é uma desculpa tão boa como outra qualquer para dizer o que costumo calar.

;)

Noites mal dormidas

"Noites mal dormidas transformam-se, inevitavelmente, em dias mal vividos!"

Acho que isto é uma parte do que tem acontecido comigo (outra vez...) nestas duas últimas semanas...
E o pior é que existe uma certa tendência para se fechar num ciclo vicioso: as noites começam a ser mal dormidas por causa do pouco (ou mal...) que se viveu o dia.

Poucas horas de sono dão lugar a um cérebro em auto-gestão: assegura as funções vitais, mas o resto nem o café (pouco, muito, whatever...) consegue disfarçar. As obrigações vão sendo executadas tipo autómato, e as introspecções... bem, essas vão sendo adiadas!
Adiadas porque, corras o que correres, há coisas de que não consegues fugir.
Nomeadamente... de ti próprio!

E atendendo às horas a que escrevo isto... amanhã será um belo dia...

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Carrinhos de plástico

Devia haver alguém que proibisse estes carrinhos de plástico de andar na estrada :)
Ou obrigá-los, de quando em quando, a encostar por um bocadinho.

Cumprir os limites de velocidade é uma coisa, mas cumprir esta "procissão matinal"...
Não há crente que se aguente!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Passarinhada

O Amor é muito giro!
Mas, para se andar a passarinhar, dá jeito ver onde caem as bu(o)rradas.
Há outros que não têm nada a ver com isso...

Já agora... quanto vale mostrar a outra metade da cara, se o coração ainda remói? Vale pela intenção?
Ou nem isso?...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

"The Bucket List" - Nunca é tarde demais...


Fui ver na Quinta-feira.


Não tenho grandes dúvidas: mais do que para ver, este é um filme para sentir (e, já agora, também para rir!).
Além de dois actores fabulosos, dá-nos uma perspectiva da Vida que nunca nos deveria sair da mente. Sobre aquilo que realmente importa para cada um, sobre escolhas, sobre adiamentos, sobre sentimentos.
Se querem saber se vivem a cada dia, ou se morrem a cada dia... vejam!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Porque...

Aqui há uns tempos "deram-me" estas palavras, que eu transcrevo, agora, emprestadas:
"
"Lamento"
o mais triste de não acreditar em Deus é não poder dizer às pessoas de quem gostamos "rezo por ti!" quando o coração se aperta por elas
"
Às vezes dou comigo a pensar nisto.
E, ultimamente, tem-me parecido que, em alguns dias, é mais fácil acreditar porque rezamos por elas.
Porque, mesmo quando achamos que não somos merecedores, há pessoas que não podem deixar de o ser!

terça-feira, 8 de abril de 2008

Semba, Kuduro, Kizomba, Funáná..

Bem, depois daquele dia de M de sexta, bem precisado estava de delirar por outros lados.
E assim, mesmo continuando com a minha quase crónica falta de jeito para a coisa (o meu swing de anca é uma verdadeira lástima...), este fim-de-semana de danças foi uma terapia quase perfeita.
Latinas na Sexta à noite, "Mueve-te", no Porto, no Sábado (ao que parece, a nossa coreografia de Semba e Kuduro fez furor...) e ontem mais uma aulinha de Africanas, com uns passos novos e mais algumas gargalhadas.
.
Hoje voltou a doer-me o pé à brava... mas e depois? Valeu pela cura!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

...

...
Talvez fosse boa ideia não partir tipo pau de fósforo.
Ou talvez fosse melhor ir sacudindo os pesos que se acumulam. Para não deixar amontoar...
...
Talvez fosse bom que toda a gente fosse simpática.
Ou talvez fosse melhor tentar (conseguir??...) compreender.
...
Talvez fosse melhor ser já Verão...
Ou talvez fosse boa ideia, de vez em quando, ter uma máscara de reserva...

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Hora Nova

Hoje, pela Hora Nova, estava a beber o meu café da manhã ao nascer do Sol. Eram aí umas 07:25...
A cafeína ainda não tinha chegado ao topo, as pálpebras ainda estavam pesadas e os carretos cerebrais ainda não tinham vencido a inércia...

Nascer do Sol, da janela da minha cozinha.
O momento exacto em que o mundo sai das sombras e tudo explode em luz!

Fez-me lembrar de uma publicidade, de aqui há uns anos, da Nescafé. Sair do carro, com uma caneca fumegante, a olhar para o nascer do Sol e a ouvir "I can see clearly now the rain is gone..."

Às vezes gostava que a Vida fosse assim tão simples...

WishList 3

Dizem que não há duas sem três.

Hoje comprova-se a regra: esta faz MESMO parte da minha WishList...
A Canon PowerShot S5 IS.


Ou melhor, fazia. Deixou de ser um desejo para se tornar... palpável!
E é ainda mais gira ao vivo!

Hoje já me fez abrir os olhos de espanto.
Já me fez cócegas nas pontas dos dedos.
Já me fez sorrir com o meu Eu todo.


E já não me vai deixar dormir descansado...


Chegou hoje, 1 de Abril de 2008, uma prenda antecipada.


Chegou hoje! Registe-se.

terça-feira, 1 de abril de 2008

WishList 2

"Wishlist", by Pearl Jam.

Uma delícia para o ouvido!

I wish I was a neutron bomb,
for once I could go off
I wish I was a sacrifice but somehow still lived on
I wish I was a sentimental ornament you hung on
The christmas tree, I wish I was the star that went on top
I wish I was the evidence, I wish I was the grounds
For 50 million hands upraised and open toward the sky

I wish I was a sailor with someone who waited for me
I wish I was as fortunate, as fortunate as me
I wish I was a messenger and all the news was good
I wish I was the full moon shining off a camaro’s hood

I wish I was an alien at home behind the sun
I wish I was the souvenir you kept your house key on
I wish I was the pedal brake that you depended on
I wish I was the verb to trust and never let you down

I wish I was a radio song, the one that you turned up

I wish...I wish...

WishList 1

WishList:

1 - Para os meus anos, mais do que PRESENTES, desejo, acima de tudo, PRESENÇAS!

Ok? Chega? Por mim...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Andar "direito" ou "a direito"?


Ontem, Quarta-feira, resolvi fazer uma visitinha às Urgências dos HUC. Alguns poderão pensar que estava com saudades do dito local, mas não, não foi a minha alma melancólica que me levou por tais caminhos...

Foram outras três razôes.

Primeiro, o edema no pé direito, que me fazia andar como se fosse a Torre de Pisa, sempre a inclinar-me para um dos lados e em risco constante de cair, associado ao "leve" hematoma que se via de ambos os lados do pé.

Em segundo, as dores que, apesar de terem sido muito mais intensas ainda na Terça, logo depois do jogo, teimavam em não dar grandes tréguas.

E, por último, o descobrir que, para todos os efeitos, estou mesmo a ficar (ou a caminhar...) para velho: deixei de pensar "que se lixe, mais dia menos dia isto vai ao sitio e siga!" para pensar "se realmente parti aqui alguma coisa, daqui a uns tempos começo a andar mal e sempre com dores..." Enfim... velho :)

Por isso, lá fiz a minha inscrição nas Urgências. "Triaram-me", como esperado, para a Ortopedia e siga, fazer um RX. Aquilo até correu muito bem, despachei-me ao fim de duas horitas (a minha média de espera nos HUC baixou, agora, para umas 3 horas e meia...).

Quando, na consulta final, o médico puxou lá das imagens do meu pé, descobri duas coisas.

A primeira foi que as minhas suspeitas (ou esperanças? uns diazitos de férias até calhavam bem...) goraram-se (palavra interessantíssima) e nada de fracturas. Garantido pelo médico! Só dores, mesmo. Gelo e AINE, e siga! Um dia destes a coisa vai ao sitio...

A segunda descobri eu, sozinho, sem sequer precisar de ajuda, enquanto olhava para aquelas imagens no ecrã: as falanges do meu quarto dedo do pé direito estão desviadas (e quando digo desviadas, quero dizer que a posterior flecte para a direita e a média para o sentido oposto...) quando deviam seguir rectas e paralelas às vizinhas. Ou seja, tenho o dedo torto! Ali, branco no azul, que é a nova cor das radiografias digitais, muito mais bonitas no monitor e que sempre dá para fazer um zoom, em caso de dúvidas...
Provavelmente, arrisco eu, partido aqui há uns anos, quando ía a entrar em casa (a correr, claro!, e descalço...) e não me lembrei do novo degrau, recente, e lhe mandei tal pontapé (ou pontadedo...) que me vieram lágrimas aos olhos (à cabeça ainda não me vinham certas coisas...).

O que me pôs a pensar: será isso que me tem desviado, volta e meia, dos "bons caminhos"? Andar "de lado" ou "para o lado"?

E se sim, a pergunta que se impõe, agora, é:

Afinal, do que é que preciso? Para andar a direito? De um corrector (inter-digital, entenda-se) ou de um correctivo?


Se alguém descobrir... avisem!

terça-feira, 25 de março de 2008

Se eu pudesse...

Se eu pudesse?
Assim, à escolha?
Ah! Se eu pudesse alegrava-te a Alma! Arrancava-te um sorriso! Grande! Largo!

Melhor ainda... uma sonora gargalhada!

sexta-feira, 21 de março de 2008

Primavera! Dia Mundial da Poesia! Sexta-Feira Santa...


Hoje começa, oficialmente, a Primavera!

Embora, para mim, tenha realmente começado na Terça-feira da semana passada.

Num dia (bastante) complicado, indo eu pela rua do Brasil fora, a remoer mágoas (as minhas e as que causei...), eis que ouço, num fio eléctrico por cima da minha cabeça, um trinado familiar de uma andorinha. A primeira que vi este ano! E que me arrancou o primeiro sorriso do dia... Sinais destes, seja em que altura for mas, acima de tudo, quando mais preciso, dão-me sempre outro alento. Senti-me mais quente e colorido. Quase florido :)


Mas o Inverno não desarma facilmente! E, se a tal bendita andorinha tem andado com o bico, nestas manhãs geladas, como eu tenho ficado com o nariz, deve andar a pensar se valeu a pena rumar tão cedo a Norte, só para eu não perder o meu...


E hoje é também o Dia Mundial da Poesia!

Essa suprema capacidade humana de tocar e ser tocado através das palavras. Sons que ressoam no mais profundo de nós como se a nós mesmos pertencessem. Sentidos que se tornam nos nossos próprios sentimentos.

Nós, de repente, ali!


Aos Poetas e aos poetas, da e na minha vida, pelas palavras que lhes vou roubando, tornando-as também minhas, tornando-as, também, partes de mim,


Obrigado!

"It's strange
how we are changed
by things that seem so small.
One look can write a book,
one touch can say it all."

Isto hoje nem "cheira" bem a Páscoa. A trabalhar, hoje a um ritmo alucinante. Sem pausas, sem descanso, sem tempos para pensar. Sem conseguir olhar para fora daqui (e, portanto, para dentro de mim). Mas sem me esquecer, em altura nenhuma, que não estou esquecido. Sozinho.
Continuem ao meu lado. À minha volta. Comigo!
Orem por mim, que eu velo por vós...

terça-feira, 18 de março de 2008

Quem, eu? "Isto"????

Pois é...
Chegado de campo, baterias (re)carregadas, cheio de espirito, de moral, "com a pica toda"...
Para quê?
Para descobrir que ser "vendido" é uma bela merda! Desculpem-me os espiritos delicados.
Ainda para mais sem ganhar nada com isso.
Hoje, pela primeira vez em muitos anos (desde que pensei "quero ser farmacêutico"), considerei seriamente o cenário de mudar de vida. Não era bem "nisto" que eu pensava, não era "isto" que eu queria. Eu não quero ser "isto"...
Enfim... obrigado pela chapada na cara!
... ("Isto" está bonito, está...)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Subir à montanha



Mesmo, mesmo, antes de ir para campo, antes de subir, mais uma vez, à montanha...
Não sei se à Tua procura, se à espera que me encontres...


Deus


"Quando a primeira palavra me chegou aos lábios, subi à montanha sagrada e falei com Deus:
- "Senhor, sou teu escravo. A minha Lei é o teu desejo e sempre terás a minha obediência".
Mas Deus não respondeu e passou por mim como uma violenta tempestade.

.Mil anos depois, voltei a subir a montanha sagrada e disse:
- "Sou teu, de barro me fizestes e devo-te tudo o que sou".
Mas Deus não me respondeu e passou por mim como mil asas velozes.

Mil anos depois escalei a montanha sagrada e de novo me dirigi a Deus:
- "Pai, sou teu filho. Deste-me a vida, e com amor e veneração vou herdar o teu reino".
Mas Deus não me respondeu e passou por mim como os véus da neblina das montanhas distantes.

Mil anos decorridos, subi outra vez à montanha sagrada:
- "Meu Deus, és a minha esperança suprema e a minha plenitude. Sou o teu passado e Tu o meu futuro. Sou a raiz na terra e Tu a minha flor no céu, e juntos cresceremos voltados para o Sol".

Deus inclinou-se para mim e murmurou belas palavras. E como o mar acolhe o rio, assim Ele me acolheu.

E, quando desci ao vale e à planície, Ele veio comigo.

Khalil Gibran - "O Louco"

segunda-feira, 10 de março de 2008

"O Novo Prazer"

"Ontem à noite inventei um prazer novo.
Quis prová-lo, e foi então que um anjo e um demónio me invadiram a casa.
Os dois discutiam o prazer recém-nascido.
Um gritava: É pecado! O outro, no mesmo tom, dizia: É virtude!"

Khalil Gibran - O Louco

sexta-feira, 7 de março de 2008

Lagartar ao Sol

Hoje gosto de mim. E como isso não acontece todos os dias, mais vale aproveitar. Por isso, resolvi premiar-me com um belo passeio pela baixa...

Faz-me pensar porque não o faço mais vezes. Porque há poucas coisas que me saibam melhor do que um passeio ao sol, entregue a mim mesmo.

Por isso aproveitei o tempo de almoço, que passo muitas vezes a desperdiçar tempo, e lá fui eu, 30 minutos a pé para cada lado, só pelo prazer de um café, ao Sol, na esplanada do Santa Cruz. um dos poucos cafés que, para mim, vale bem o (balúrdio...) que custa. Não que o café, em si, seja extraordinário... mas os cheiros, os sons, as ruas, toda aquela envolvência me faz sentir como há uns anos, desde que comecei a pass(e)ar por lá, em que a vida parecia mais fácil. Mais simples...

Acho engraçado a forma como o Tempo transforma as nossas perspectivas. Sobre tudo. Incluindo sobre a imagem que vamos tendo de nós, do mais íntimo e profundo de nós. E como me vai mostrando que até nas alturas em que, pensava eu, era completamente honesto comigo, até aí estava mascarado. Disfarçado. Retratado como gostaria (e como gostariam, outros...) mais de mim.
Espero, sem apagar ou esquecer o que fica para trás (porque somos, também, aquilo que fomos), conseguir atingir um bocadinho mais da minha complexidade e da minha profundidade. Mais fundo, pelo menos, que uma cebola...

À espera que estes meus encontros, comigo, se repitam e se multipliquem. Para que estes retratos de mim se complementem e se completem. Aos poucos. E que me dêem um sítio onde voltar quando, noutros dias que não como os de hoje, eu achar a minha própria companhia insuportável...

Definição de Amizade II

"Os amigos são como os soutiens. Levamo-los sempre junto ao peito e servem para nos levantar para cima quando precisamos."

Pérola da sabedoria, contribuição da Cidade FM, um dos poucos motivos de riso atrás daquele Seat Marbella...

quinta-feira, 6 de março de 2008

Renascimento...

Olha!!!
Renasci...

Ou melhor, como eu diria se fosse escritor, "o meu blog renasceu em mim"...
Depois de re-voltas interiores, depois de sentimentos e sentidos mastigados, as palavras voltaram a ter nexo. Objectivos...

A ver vamos se de um verdadeiro Renascimento se trata... ou se serão só os últimos estertores antes da flatline.

...
Já viram o filme "FlatLiners"? Ainda a Julia Roberts era uma miúda, "praí" com uns 20 aninhos?
Conta a história de quatro estudantes que quiseram levar ao limite a experiência da morte. "Morriam" durante uns segundos e depois eram reanimados pelos outros.

Só que, metaforicamente ou não, os fantasmas e o passado, nesse encontro, acabaram por voltar ao presente.

Sempre me fez pensar... se calhar, muitas vezes, precisamos de ser levados ao limite para sabermos quem realmente somos. Para sabermos do que somos feitos, o que e quanto valemos. Se calhar,muitas vezes, temos de morrer por dentro, despojarmo-nos de tudo, perdermos tudo, para podermos renascer.
Para nós e para os (ou pelos) outros.

E isto, nesta Quaresma, véspera do verdadeiro Renascimento do Homem, tem-me feito pensar...

Terei eu a coragem de seguir em frente? Confiar? Deixar-me ir, final e completamente, sem reservas, sem medos?

Sem as minhas màscaras?

Desafio

(Pré-aviso: post escrito em 2009, nesta data, para aqui empurrado depois de achar que altas horas da noite dão, às vezes, coisas que não deviam ser escritas. Como já não me apeteceu apagá-lo... escondi-o.)
Aqui há uns tempos, este tipo deixou-me um desafio. As regras eram estas:

- Escrever as regras do desafio;
- "Linkar" a pessoa que enviou o desafio;
- Contar 6 factos aleatórios sobre a vossa pessoa;
- Passar o desafio a outros 6 blogues;
- Ir aos blogues nomeados avisar.

Ok! Então, e assim para já, tenho de dizer que aceito, mas com algumas reservas. Aceito porque me apetece, mas também como me apetece.
Porque isto agora é meu, desde que mo mandaram e eu o apanhei, e, portanto, as regras também são as minhas.

Portanto, vou começar por ignorar o seis. Não tenho nada contra o senhor, bem pelo contrário, que sempre foi um dos meus números favoritos e o primeiro peixinho que eu tentava fazer. Vou mandá-lo dar uma volta. Vou "contorná-lo".

Facto Aleatório 1
Já apanhei a minha mãe numa armadilha, parecida com a armadilha para tigres da primeiríssima tira de Calvin.

Facto Aleatório 2
Já quase morri.

Facto Aleatório 3
Já passei três dias, sozinho, a deambular pela serra, só a ver se era capaz e o que descobria.

Facto Aleatório 4
Já participei numa batalha medieval. Campal, com um exército de cada lado, devidamente armados e apetrechados, com uma única regra: não vale arrancar olhos.

Facto Aleatório 5
Já passei duas noites ao relento, sem mais nada do que os cimos dos pinheiros e as estrelas por cima de mim.

Facto Aleatório 6
Já tive um pequeno-almoço composto pelo belo do caldo-verde da mãe, comido quente, do tacho, à colherada, enquanto fazia uma leitura embrenhada do Dicionário da Língua Portuguesa, na letra O.

Facto Aleatório 7
Li o meu primeiro livro de aventuras, "Viagem ao Centro da Terra", de Jules Verne, aos sete anos.

Facto Aleatório 8
Sou um tipo bastante arrumado. Sei sempre onde arrumei as minhas coisas, e sei sempre se andaram a rondar pelo meu quarto.

Facto Aleatório 9
Já quase incendiei um quartel dos Bombeiros.

Ok? Está bom assim?
Então só falta dizer que fica o desafio por aqui. Porque não conheço assim tanta gente, primeiro, e porque, ainda por cima alguns deles também já foram desafiados. E repetições não valem a pena.
Mas se alguém lhe quiser pegar, acrescento uma regra: não vale repetir na íntegra. Pelo mens uma coisa terá de mudar. Fazer diferente. Inovar.

Ah, sim, quase me esquecia. Nem tudo ali em cima é verdade. Aceito "comentários e sugestões" :)
Os "comentários e desmentidos" aguardam momento propício à devida prossecução da procura da verdade dos factos...