domingo, 24 de agosto de 2008

A Vida ao Contrário

Ainda não me tinham apresentado argumentos destes...

"In my next life I want to live my life backwards.
You Start out dead and get that out of the way.
Then you wake up in an old people's home feeling better every day. You get kicked out for being too healthy, go collect your pension, and then when you start work, you get a gold watch and a party on your first day.
You work for 40 years until you're young enough to enjoy your retirement. You party, drink alcohol, and are generally promiscuous, then you are ready for high school. You then go to primary school, you become a kid, you play. You have no responsibilities; you become a baby until you are born.
And then you spend your last 9 months floating in luxurious SPA-like conditions with central heating and room service on tap, larger quarters every day and then Voila!...
You finish off as an orgasm!
I rest my case…"

Woody Allen

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

"Em prol" da "Centésima"...

"Em Prol" da "Centésima"...
.
Duas pérolas do atropelo diário à nossa Língua, que passam, infelizmente, cada vez com maior frequência, nas nossas televisões.
.
Dizia o Cândido Barbosa, depois de ter ganho a etapa de hoje da Volta:
- "Ando desde o inicio, desde a primeira etapa, a lutar em prólogo desta vitória."
Esta, a centésima da carreira (em etapas, e que deu origem à pergunta "Será esta a mais especial?"
Ao que ele respondeu:
- "Não, não é por ser esta a minha centuagésima vitória..."
.
Centuagésima? Centuagésima? Centuagésima?????
Oh Cândido, esta nem eu com quatro anos... É uma pena não falares como pedalas... ou não te calares até recuperares o fôlego...
.
Ou não deixares de pensar tanto na prole :)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Seu Jorge

Por falar em (bons) exemplos...
Mesmo para quem não goste da sua música, o seu percurso de vida fala por si...
.
“Fui muito tímido, sabe?! Mas depois percebi que quem não se comunica se trumbica que é o mesmo que dizer que quem não fala das suas coisas e dos seus problemas, perde a oportunidade de os resolver. Se eu não falar nada, os outros não me podem ajudar em nada e eu fico para trás. Aprendi com a vida que não podemos deixar de falar, de comunicar, de pedir ajuda e de ajudar.”

Seu Jorge

Beijing 2008

Não sei bem se foram duas horas de sono mal dormido ou se vai ser um dia inteiro de sono mal acordado...
.
Sei que valeu a pena ficar acordado para ver a nossa Vanessa a receber o merecido prémio pela sua constante superação.
.
Sabe bem ver a nossa bandeira nestas coisas. Para lembrar que também temos grandes e bons exemplos. E que não se esgotaram na nossa Epopeia dos Descobrimentos...
.
Vai um café?

sábado, 16 de agosto de 2008

Dualidade de critérios

Há dias em que coexistem cá dentro opiniões díspares. Discordantes. Às vezes, a raiar o tumultuoso.
Umas partes dizem que sim, outras dizem "nunca mais"...

Infelizmente para mim, o meu bem-estar geral parece não ser capaz de convencer o meu estômago acerca das qualidades de uma boa caipiroska...


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

P.S.

Ocorreu-me mesmo agora...
Será esta (dis)funcionalidade um caso de dislexia computacional?

Ou será que, adaptando-se a cada um que nele escreve, pense que "Enter/Enter" seja um convite demasiado perigoso a uma proximidade que se avizinha?
(Ou que se adivinha, continuando com estas dislexidades...)

Já agora, vale(-me) a pena pensar nisto...

À minha maneira

Há coisas que me chateiam.
Imposições, por exemplo. Falta de escolhas. Falta de explicações. Falta de bifurcações no caminho.
.
Imposições de pontos de vista. Os "porque sim (ou que não...)", "porque eu quero", "porque é assim", "porque eu mando"...
.
O assumir de que há sempre alguém que sabe mais ou melhor do que nós próprios. O não saber distinguir entre um conselho e uma ordem velada. Entre o ajudar a levantar e a fazer os curativos no joelho e o "eu bem te disse...", de indicador espetado...
.
Chateia-me, portanto, esta mania do blogspot de, quando lhe apetece, não assumir os meus espaços entre linhas. Volta e meia, em alguns posts, come os meus enters e junta coisas que foram feitas para ficar separadas.
Porque fui eu que as fiz, e é assim que eu quero!
.
(Hoje também é o caso, só para me dar razão...)
.
Nesses dias tenho de usar de estratégia: se não aceitas enters (se calhar porque não atinges que facilmente o enter se torna entre...) terás de aceitar pontos.
Que se tornam aqui, literalmente, os meus pontos (de vista).
.
Se calhar tenho de fazer isto em mais situações: meter os meus pontos, nem que seja à força (meter as vistas era capaz de ser mais perigoso)!
.
Podes não querer fazer o que eu quero; mas eu também não!
.
Aqui, pelo menos, há-de ser
.
À minha maneira
.
Em qualquer dia
A qualquer hora
Vou estoirar
P'ra sempre
Mas entretanto
Enquanto tu duras
Tu pões-me
Tão quente
.
Já sei que vou arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira
.
Por esta estrada
Por este caminho a noite
De sempre
De queda em queda
Passo a passo
Vou andando
P'ra frente
.
Já sei que vou arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira

"À minha maneira", by Xutos & Pontapés, in Vida Malvada

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Segundos sentidos

Dizia o Themba, certa vez:
"Sinto-me como um comboio em alta velocidade, prestes a descarrilar"
.
"Carregado de energia", como diria depois a oitavaestrela...
.
No inicio isto parecia-me uma coisa pouco recomendável. Quase assustadora :)
O "prestes a descarrilar" demasiado parecido com perder o controlo, o rumo, o Norte...
.
Agora... acho que precisava mesmo era de ganhar velocidade (alta velocidade, ritmo intenso, energia cinética pura) e descarrilar à séria
.
(ainda pensei usar a parábola do elefante
a correr dentro da loja de cristais)
.
sair destes carris que me imponho
.
(a correr à desvairada,
a partir a louça toda)
.
deixar de olhar só para a frente e virar a cabeça, mirar o horizonte todo, sentir o vento
.
(talvez na conta viesse
qualquer coisa mais
do que cacos e vidros estilhaçados)
.
sentir-me vivo e sentir o mundo à minha volta
.
(talvez viessem também
resíduos estilhaçados da minha vida)
.
sentir as pessoas à minha volta, sentir o seu calor, ouvir os seus risos.
Sentirem-me, conhecerem-me, saberem o que sou
.
Quem sou
.
(talvez viessem, à mistura,
cifrados nos números do prejuizo,
os ganhos muito para além dos materiais)
.
Mesmo sabendo que
"Sou sempre eu mesmo! Mas, com certeza, não serei o mesmo para sempre!"