quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sometimes

Sometimes, some things are completely fucked up deep inside me. Like a shadow, lingering above me, hunting me, haunting me.

Sometimes I get to ignore them. Sometimes I get to forget.
Sometimes I run. Sometimes I fall with fear.

Sometimes I fail.

Someday some things will change.

Someday, somehow, I'll stop running...

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Amaz(ing)on

Finalmente testo a Amazon. À espera do muito aguardado Seinfeld :D

Fingers crossed!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011


"Caminheiro,
Canta como cantam os viandantes:
Canta e caminha.

Não para ficar na inércia,
Mas aguentar o esforço.
Canta e caminha.

Sem te perderes, sem voltar atrás,
Sem parares.
Canta e caminha."

Santo Agostinho


Desde que li estes versos pela primeira vez, num postal que guardo, que eles me falam de uma forma muito própria.
O canto não será um dos meus fortes, mas nunca parei de andar em caminho. Umas vezes só por dentro, desta vez também com os pés.

À procura de qualquer coisa, nomeadamente de mim próprio...


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Plágio

"Escrever não é assim tão difícil. É só começar com uma letra maiúscula e terminar com um ponto final. No meio colocam-se ideias"

Pablo Neruda


Parece fácil... E o difícil nem é ter ideias, é só aquela maiúscula do início. Ou, como tem sido nestes últimos tempos, conseguir escolher a letra para começar.

Se na minha cabeça houvesse sopa de letras, por estes dias mais pareceria um creme de cenoura..

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Johnie Walker

JOHNIE WALKER

The wind was cold at that early hour. The streets were empty and a heavy silence could be heard for miles around. There was not a soul in sight, no one to ask for directions, no map in the pocket. The night was still queen and the sun was still a few hours away.
John was lost!


After a moment of total disorientation, he firmly closed his eyes and put his hands on his ears trying to stop all the voices and all the images in his mind. Trying to push all the confusion out and trying to stick the calm silence in. He absolutely had to start thinking straight.
He took a large deep breath and held it for a few seconds, exhaling slowly while focusing on his heartbeat. His heart was like a wild black stallion running in the prairies of the Old West. Spirit of the Cimarron, he tenderly called it. He held to that image again, like he had done some times before. Everything was strangely familiar: the buildings in front of him, the empty 24-7 at the end of the street, the furiously running horse in his chest and the total unawareness of himself. He had succeeded before, he would succeed again. It was a matter of life or death…
Keeping his eyes closed and breathing as calmly as he could, he started whispering to Cimarron while trying to remember something, anything. A clue, a starting point, a first step. The small well in the middle of the desert from where he could start walking towards salvation.


His name was John. He started from there, and the voices did too.
John. Little John. Little Johnie. He had been Little Johnie ever since he was little. The smallest of the group. The quiet, calm one. The weakest, the last in a race, the one beaten in a fight. The protected one, because he was cherished by his friends.
He might be weak, but he was smart and had a strong will: he would never quit anything.
He always knew that, someday, he would no longer be Little. And when the time came, he took his opportunity…
The images slowly rearranged into that turning day. Someone was calling him, a couple of boys running and laughing and saying “Come on, John, you can do it”. He looked down at his hands (keeping his eyes closed) and saw a huge hammer. He looked up and saw the bell on top of the pole, with a metric scale going from the ground to the three meters high. Oh, that was it! He had to punch the platform under his feet and send the heavy red ball against the yellow shining bell. “Come on, John, hit it hard!” Wild Cimarron heard the spell and refrained a bit, now running in circles but still not letting him get near.

His name was John Walker, and his life and his memories were slowly coming back. Cimarron was now just enjoying the ride and he could breathe normally.
He concentrated on the hammer. If he could ring the bell, he would be a hero. He would be safe. But he had to make it quick.
He was shivering with cold. No wonder, because he was in his pyjamas and had one sock on one foot and a pink slipper, 4 sizes down his, on the other, and the whipping wind was slapping him without mercy.
He held his hammer above his head. Cimarron was staring at him, waiting, not knowing whether to stay or to run again. And with a final breath and raging scream he threw the hammer down with a strength he didn’t know he had. His fate was to be decided.
He almost missed the crystal sound of the bell, because his friends started to scream along with all the strangers around them. He had it! After everyone else failing, he was the first one to do it.
“Sledgehammer! Sledgehammer! Sledgehammer!”, they shouted, and that came to be his war name, his cognomen. His mother was the only one that still called him John, but he was Sledge for everyone else. Sledgehammer, Slegde or simply Slee.
Cimarron was waiting. Slee knew he wouldn’t run again, and started to walk towards the big stallion, smiling at those big dark inscrutable eyes. When he got to the horse, he raised both his arms and gently touched the big warm animal.
He was no longer lost.

He was John… no, sorry.
He was Slee.

Slee P. Walker.

He turned around, went upstairs and got back in bed.

Vitor Hugo Vergilio
May 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pêndulos

Lixadas são as variações de humor. O caminho (curto) entre o acreditar nas possibilidades e o achar que, afinal, tudo não passa de impossibilidade. O levantar a mão para uma carícia de conforto e afinal ela descer com o chicote. A montanha russa motivacional. E emocional.

Parece-me que, também na vida, do céu ao inferno vai apenas uma Thin Red Line...

terça-feira, 17 de maio de 2011

WishList

Acutilância. Ironia e sarcasmo. Sem azed(lh)ices nem bronquices.

Parfait!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Translating...

Quando me vêem pedir qualquer coisa e cagam d'alto para os conselhos que estão a receber (especialmente para si, Sr. deixe-lá-não-se-preocupe) é mais ou menos isto o que me passa pela cabeça...



terça-feira, 10 de maio de 2011

Politics



No meio do lamaçal em que a nossa política se vem a arrastar há muitos anos é dificil saber quem poderá (ou saberá, ou quererá) fazer diferente.

Mas sei que, se formos um País a sério, nunca políticos que mentem ou omitem, deliberada e concientemente, informação que devia ser o mais transparente possível será re-eleito. Mas essa esperança já não tenho...

Ainda mantenho a esperança que os olhos se abram e as memórias se iluminem, mas depois penso: os americanos não elegeram o George W por duas vezes? Porque haveremos nós de ser mais lúcidos?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dualidades

O bom de haver quem escreva coisas com as quais nos identificamos quase totalmente é mesmo esse: há quem "nos escreva" de formas que nós próprios não sabemos, mas que até fazem completo sentido.

O mau é que queremos sempre mais...

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Books



Este já foi hoje, oferecido e muito bem recebido. Obrigado, valeu a pena!
























E este vem a caminho, daqui. Mais um. A ver se merece todas as críticas.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Genuinidade

Sempre me lembro de ouvir dizer mal dos espanhóis. Desde os eternizados ventos e casamentos e passando por tudo o resto, os espanhóis eram a pior escumalha à face da terra e não haveria ninguém pior (embora, para algumas pessoas, todos os emigras, franciús, alemães, imperialistas americanos, pretos e porcos e outros que tais - talvez todos os outros - não lhes ficassem atrás e estaríamos muito melhor se uma praga divina qualquer os limpasse de vez do planeta - já disse que seriam todos os outros?).

O que me vai chocando nisto nem é tanto a radicalidade desse tipo de afirmação, como se pudéssemos dividir sempre o mundo em duas categorias (pretos e brancos, nós e espanhóis-e-todos-os-outros-deviam-morrer, inteligentes e todos-os-outros-deviam-morrer, bonitos e todos-os-outros-deviam-morrer (ou ao contrário, nunca sei bem), qualquer-coisa e todos-os-outros-deviam-morrer).

Chateia-me que a quantidade de vezes que se afirma qualquer coisa desse tipo e o grau de barbaridade de afirmção seja proporcional ao grau de desconhecimento do assunto em causa. Ou à estreiteza das próprias vistas.

Para mim os espanhóis são como todos os outros: há uns bons e outros nem por isso, e suspeito que, nisso, sejam como todos os outros (menos como todos-os-outros-que-deviam-morrer...)

Têm, no entanto, uma característica que, comparativamente, os distingue da maioria de nós, portugueses. Riem e choram porque têm vontade. Abraçam-se efusivamente porque gostam. Discutem furiosamente porque discordam. São mais transparentes, menos comedidos, menos calculistas nas relações.

São mais genuínos. E, se não fosse por mais nada, isso bastava para me fazer gostar deles...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"(...) malta a falar mais para se ouvir do que para os outros ouvirem. Malta a ouvir mas a pensar na sua vez de falar."

Falta dizer que também há a malta que fala e fala e fala independentemente de ter alguém a ouvir ou de ser a sua vez de falar. Que fala imparavel e compulsivamente apenas para evitar, a qualquer custo, que haja pausas ou silêncios, por muito breves que sejam. Porque o silêncio é demasiado assustador. Para uns porque mostra o vazio que existe por trás do ruído, para outros porque deixa de esconder e abafar todas as vozes interiores que não se quer escutar...

terça-feira, 12 de abril de 2011

Idade Santa

Idade Santa, segundo dizem. Isso não sei. De santo, parece-me, só tenho a parte da procura. Dizem que todos os grandes santos (ou os mais sábios, pelo menos) foram aqueles que mais procuraram, como quem diz aqueles que mais caminhos tentaram e mais erros fizeram e mais pecados cometeram.

Parece que a iluminação não vem de pequenino, vem com o caminho.
Que seja!

Que seja uma idade inconformada, desaquietada, desacomodada.
Proveitosa, portanto!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Estado do país

Na sequência das novas remodelações que se adivinham, e na tentativa de cumprir, à partida, com as novas políticas de "verdade", "transparência" e outras ideias similares, proponho que o Ministério das Obras Públicas, na continuidade da sua verdadeira linha de acção dos últimos anos e dos ganhos que tem trazido ao (grupo restrito de indivíduos que por lá pululam) País, veja o seu nome mudado para Ministério das Hordas Públicas.

domingo, 20 de março de 2011

Escrita Criativa I

"Houve um tempo"

Houve um tempo em que a minha janela se abria para a minha alma.
Um tempo em que eu me conhecia. Em que fazia por me conhecer. Todas as perguntas eram permitidas, todas as respostas avidamente procuradas.
Um tempo sem julgamentos, sem juízos, sem dogmas, um tempo de descobertas contínuas.
Um tempo em que me conhecia porque me procurava. Um tempo. Outro tempo.
Agora já não. A minha janela fechou-se. Cresci. Envelheci.
Agora morro.

Escrita Criativa - Um dia para descobrir
19 de Março de 2011
www.escreverescrever.com

sexta-feira, 18 de março de 2011

Grey/Dexter mood

Dos meus amigos, daqueles que me são próximos, sempre que necessário, eu não espero menos do que uma lâmina afiada. Certeira. Cirúrgica.

Algumas coisas podem ter tratamenos suaves. Um creme, uma massagem, pequenas agulhas espetadas ou tratamentos que quase induzem o sono. Coisas ligeiras, pequenas, insignificantes.

Outras não, precisam de atenção cuidada, imediata, eficaz e perspicaz. Sem grandes experiências, sem contemplações, sem piedade.

Algumas coisas, outras coisas, precisam de ser excisadas. Removidas. Mal cortado pela raíz, como se costuma dizer.

E aí, meus amigos, por muito que se grite, prefiro um corte limpo. Direito, seguro, sem hesitações. Prefiro a precisão de um bisturi afiado a cócegas com faquinhas de barrar paté.

Prefiro a dor lancinante de um corte rápido seguido da ajuda a fazer o curativo do que a moinha suave mas quase eterna de qualquer coisa que quase não dói, quase não se sente, quase não faz nada.

Prefiro (claro!) com anestesia, venha ela num pensinho anestésico, num beijo que desvia as atenções ou numa agulha hipodérmica. Mas percebo que , às vezes, o tempo escasseia e que, outras tantas, o que escasseia é a paciência para anestesiar a mesma zona, over and over and over...

No limite, quando o problema tende para o infinito, parece-me preferível um ferro quente, em brasa. Menos limpo. Mais rápido. Dói? Provavelmente deve doer...

Mas prefiro uma cicatriz. Uma cicatriz é uma marca de vida (às vezes uma marca de guerra). De uma lição estudada (embora nem sempre aprendida). Uma recordação. Uma lembrança. Sarada.

Mas antes isso do que um abcesso cheio de pús, peles e carnes que apodrecem e caem em bocados, cheiros nauseabundos, sofrimento contínuo.

Antes um tratamento rude e cru (não cruel) do que um membro amputado.

Porque sabem? Nem sempre a dor é o mal maior.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Provavelmente

Provavelmente, se nos conhecêssemos, se as cortinas se abrissem e os recantos escuros se iluminassem, provavelmente, dizia eu, se as máscaras (as más caras?) fossem todas retiradas e com elas todas as pinturas, provavelmente (dizia eu) quando as lágrimas deixassem de ser contidas e escondidas, quando a raiva fosse arremessada em público e o controlo de danos fosse entregue a terceiros, provavelmente, penso eu, quando os abraços não fossem controlados nem os afectos contidos, quando a alegria e a dor fossem genuínos e não de bordos aparados para não cortar, provavelmente, digo eu por fim, seríamos decerto amigos....

quarta-feira, 16 de março de 2011

I had a dream

Os sonhos de infância, talvez por serem daquele tempo em que não existem restrições nem impossibilidades, são, talvez, os mais puros, os que melhor nos definem.

Enquanto não nos dizem "nem penses nisso", "é melhor esqueceres", "isso não te leva a lado nenhum" nem outras pérolas motivacionais do género, enquanto temos todo o tempo e todo o espaço à nossa frente, enquanto não somos catalogados nem encaixotados, enquanto não existem classificações nem pré-determinações, temos o Universo como potencial. Podemos ser e chegar a tudo o que quisermos. Podemos sonhar com qualquer coisa.

Depois começam a chegar as restrições. Todas, mesmo que cheguem à vez. Sociais, financeiras, temporais. O sonho começa a ser utopia, depois parece loucura e, às tantas, é uma megalomania ou uma excentricidade (e aqui tudo depende, claro, do dinheiro que se tem).

E os sonhos vão (por causa dos mecanismos de defesa internos, parece-me) parar às prateleiras do esquecimento. Uma espécie de "não desisti mas nem penso nisso". Ou "um dia/quem sabe/talvez".

É bom irmos tirar o pó aos nossos sonhos de infância, de vez em quando. Faz-nos abrir os olhos e olhar para os nossos dias cinzentos de outra maneira.

Com esperança, parece-me...

terça-feira, 15 de março de 2011

Wishfull thinking

Eu sabia que devia haver uma razão para querer ganhar uns trocos no Euromilhões :)
Aliás, duas.


Poder escolher sem problemas!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Matemática e Estatística


Qual é a probabilidade de, exactamente no mesmo dia, nenhum dos dois computadores de casa nem sequer iniciar?
Muito baixa.

Qual a probabilidade de um acontecimento improvável me acontecer a mim?
A Lei de Murphy diz que depende da minha necessidade/urgência.

Qual é, portanto, a probabilidade de um acontecimento improvável me acontecer a mim numa altura de extrema urgência?

Se pode correr mal, vai correr (de certeza!) ainda pior. E falta avaliar a possível recuperação de dados.

Murphy ri-se...

domingo, 13 de março de 2011

Nem mais


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."


Fernando Pessoa


Não sei se há alguém que tenha tantas mensagens inacabadas nos rascunhos... Ainda bem que, muitas vezes, outros já escreveram as palavras que me borbulham na cabeça.

terça-feira, 1 de março de 2011

...

Changing my status... I'm on the move!

Hoping to keep the inertia

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Mistérios da vida

A razão pela qual eu manifesto algumas características que tanto me custa aceitar nos outros é, sem dúvida, um dos grandes mistérios da minha existência.

Isso e o sítio para onde vão as coisas que desaparecem no buraco negro que deve existir lá em casa...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Life As Not-a-Fast-Something

A voragem deste dias de hoje leva tudo, mas mesmo tudo, numa espiral, como se fosse o remoinho monstruso no meio do mar das Caraíbas onde nenhum barco podia passar a salvo. Leva-nos tudo, até o tempo para pensar e para sentir. No meio do bulício e das pressas e da necessidade que nos fazem crer do sempre mais e mais e mais depressa não sobra tempo para o que mais interessa. Somos empurrados quase inapelavelmente, enquanto somos adormecidos e anestesiados, porque não interessa questionar (não há tempo, segue, todos os outros vão por aí!), não interessa sentir (não há tempo, pode ficar para depois), não interessa pensar (não há tempo, corre, a vida está formatada).

Tudo no imediato, para já, de preferência sem esforço e com garantia de felicidade instantânea. Duradoura, eterna? Isso não, alguma coisa virá (de preferência, já amanhã) mais imediata, mais completa mais feliz, e outra e outra e outra...

Mas o resto, o que verdadeiramente interessa, o essencial, continua invisível aos olhos.

E para muitos (já lá diz o ditado) longe da vista, longe do coração...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Dia de contrastes

Um dia em que se acorda a ouvir Pearl Jam tem tudo para ser um bom dia.

O reverso é que o cérebro, em modo sensitivo-adivinhatório, pode pôr boas músicas em repeat logo pela manhã apenas para tentar compensar as merdas todas que aí vêm.

Hoje foi um desses dias...

Pode ser que a Académica dê um jeitinho à coisa mais logo, para compensar a balança...

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

On the road


Se bem que ainda faltem uns meses para a Caminhada, a verdade é que a viagem começou hoje.

sábado, 22 de janeiro de 2011

...

Será que ainda dá tempo?

Podíamos dar um saltinho ao outro lado do Atlântico e trazer o Obama, e acrescentávamos mais um nome aos boletins de amanhã.
Assim sempre tínhamos uma hipótese de ter um Presidente carismático...

Porque não? Podíamos oferecer-lhe, sei lá, uma tarefa quase impossível. Ele sempre disse que era homem de grandes desafios...

New Work-in-progress Year (mas isso sou eu...)

Há uns tempos perguntaram-me: foi conseguido?

E tenho andado a pensar nisto, o que, provavelmente, quer dizer que a resposta não foi a mais acertada. Que, às vezes, enganamo-nos um pouco até a nós próprios, porque isso é mais fácil e mais cómodo do que admitir que continuamos com as mesmas velhas falhas e com os mesmos velhos vícios e que a vontade, por muito indómita que seja, nem sempre é suficiente para chegarmos onde queremos. Por muito claro e evidente que esse onde seja, o caminho é àrduo e os avanços são lentos.

E depois lembro-me desta frase, que li e anotei e nunca mais esqueci, e que me continua hoje tão acertada e tão apropriada:

"A única forma de alimentares a tua auto-estima é ficares atenta aos teus esforços e aplaudires a tua própria evolução. O apreço dos outros é enganador, porque só nós sabemos o que nos custa avançar..."

Rita Ferro e Marta Gaultier - "Desculpa lá, mãe..."

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A New LIfe


Dizem por aí que, alegadamente, os mapas astrais e outras coisas que tais pelos quais tantos de nós se regem estão, afinal, ligeiramente errados. Uma subtileza na declinação dos eixos universais e, vai-se a ver, o céu que temos hoje no horizonte é completamente diferente do que havia quando essa maravilha da ciência, a astrologia, começou a ser desenhada/vista/estudada pelos visionários de outrora.

Parece que, alegadamente, afinal os signos são treze, e não doze, e que as datas de nascimento podem, agora, dar direito a bónus e fazer com que se transmute de estado astral.


Pergunto-me se, num mundo em que todos se tornam automaticamente melhores e bem-sucedidos e felizes com umas simples doze badaladas esta não será uma desculpa tão boa como outra qualquer. Quero dizer, se fosse assim podíamos fazer uma viagenzita para Oriente a ver se nos melhorávamos umas horas antes, porque se é para melhor eu mal posso esperar (e nem vale a pena argumentar que não há dinheiro para isso, porque a magia da passagem de ano também traz sucesso profissional deslumbrante e vencimentos que nem se sabe muito bem como gastar...)


Ainda por cima, ao que parece, alegadamente, nem podemos escolher a que novo signo vamos parar... Se é assim, parece-me que mais vale ficar (teimosamente) no mesmo. Signo, quero eu dizer, que os anos passam sem precisarmos de os empurrar e a melhoria da pessoa não cai subitamente do céu, por muito estrelado que seja.





quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dos candidatos

Li algures que, nesta campanha, o "candidato" José Manuel Coelho (as aspas são minhas porque ele não cumpre os meus requisitos mínimos) é um palhaço, e que as suas palhaçadas, de tão ridículas e irrisórias e risíveis, servem apenas para, em contraponto, mostrar até que ponto os outros "candidatos" (as aspas continuam a ser minhas) são, também eles, ridículos e irrisórios e risíveis.

Um bocado como os cómicos non-sense, que nos mostram a realidade de uma forma tão desmesurada e desproporcionada que se torna perfeitamente ajustada e a crítica implícita tão acutilante quanto indesmentível.

Se juntarmos a tudo isto o facto de me parecer que o non-sense dele não é propositado, é só genético, e a contagem de candidatos a sério (um?), temos uma ideia bastante boa do meu entusiasmo e da minha fé nesta eleição...

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A votos

A minha relação com a política vem de pequeno. O que não significa que seja político desde tenro (parece-me que nunca cheguei a ser um nem a deixar de ser o outro...)
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Quando tinha aí uns sete anos fundámos (eu e mais uns dois dos do costume) o CAP, o "Clube Anti-Política". Nome genial e com um modus operandi peculiar, de onde destaco a subida a postes de iluminação pública, de onde surripiávamos indiscriminadamente aqueles cartazes de plástico esticado entre dois pedaços de madeira. Esses cartazes eram, depois, colocados numa pira e imolados pelo fogo, no meio de uma dança parva e de muitos (claro!) risos.
De resto, e como ponto único dos estatutos, um desprezo visceral pela "política e pelos políticos". Que, já na altura, me pareciam tão ocos e vazios como hoje.
Felizmente, nessa idade, a politiquice só tem face visível em altura de eleições, e pudemos descansar ao fim de umas semanas.
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Quando voltaram os cartazes à rua (ou seja, noutras eleições seguintes) já não sentia qualquer desprezo nem aquilo me incomodava muito. Todo aquele circo me era quase indiferente, excepto pelo facto de fazerem todos demasiado barulho (e eu sei o quanto me afecta o barulho). Simplesmente, havia outras coisas no mundo, outros horizontes, outros mundos a descobrir (para o que contribuiu, talvez, a ebulição hormonal e a apatia mental dos anos adolescentes).
Até que, anos mais tarde, mais velho e sábio, comecei a ter consciência que a Política é, de facto, um "mal necessário". (Necessário da parte dela, mal da parte de quem a faz, e ainda ninguém me convenceu do contrário).
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Motivado e interessado, tentei informar-me das linhas orientadoras dos partidos da nossa praça, numa tentativa de marcar posição antes de ir a jogo. Tentativa vã e inútil, porque a única coisa que consegui foram "estatutos" e "pertenceres à J pode abrir-te muitas portas"... Soa familiar?
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Até que tive idade para votar. Comecei e nunca mais parei!
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Lembro-me da primeira vez. Era tudo novidade. E lembro-me de ter pensado "é só isto?"
Sim, parece pouco. Pesa, talvez, pouco. Mas, por tudo aquilo que custou, por todos os que lutaram (e morreram) "por tão pouco" parece-me, no mínimo, estúpido ficar alapado na esplanada em vez de fazer uma cruz no raio do papel. Ou não fazer a cruz, também é opção. Mas, pelo menos, vão buscar o raio do papel...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Back to School


E lá fui, ontem, alegre e rejuvenescido (o bem que faz sair uma horinha mais cedo) para as Letras, a pensar que ainda me misturo com juvenis e que passo despercebido no meio deles, com aquela sensação de quase júbilo por (vamos a ver) poder voltar a aprender qualquer coisa.

E se, em 18 anos, apenas a Zita me destronou, bastaram agora os Wanderleis trans-atlânticos para eu nem sequer aparecer no pódio do fundo da lista...

Sim, eu sei. Os corredores são frios e eu não sabia das casas de banho...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

New Year's Revolutions II

Não devia ter medo das palavras. Sei-o bem demais, mas parece-me que nunca o saberei bem o suficiente.

Porque os silêncios e as meias palavras, o cuidado para não ferir e o medo de doer, os paninhos quentes e as omissões nunca me dão a paz quenta e duradoura que parecem prometer quando me convencem a manter a boca calada.

Sou sempre eu que perco. Fico bolorento por dentro, esfarelo-me como pão passado do prazo. Desfaço-me, apodreço, como raízes num vaso afogadas em água. Morro aos poucos, nunca de dores lancinantes e purificadoras e renovadoras mas de letargias e imobilidades e opressões.

Como podem conhecer-me, se não mostro além das fachadas?

Não devia ter medo das palavras. Sei-o bem demais, mas sabê-lo-ei o suficiente?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

...

No lines, yet. Not an empty day, though!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

New Year's Resolutions - Note to self

"- Umas linhazinhas escritas por dia e nem sabes o bem que te fazia"

Como se vê, mais uma resolução-pelo-cano ou não-é-o-fogo-de-artifício-da-passagem-de-ano-que-muda-magicamente-a-vida-num-segundo...

Mais vale seres tu a fazeres por isso. Por isso, toma um reminder:


- Change your status... move!