quarta-feira, 16 de março de 2011

I had a dream

Os sonhos de infância, talvez por serem daquele tempo em que não existem restrições nem impossibilidades, são, talvez, os mais puros, os que melhor nos definem.

Enquanto não nos dizem "nem penses nisso", "é melhor esqueceres", "isso não te leva a lado nenhum" nem outras pérolas motivacionais do género, enquanto temos todo o tempo e todo o espaço à nossa frente, enquanto não somos catalogados nem encaixotados, enquanto não existem classificações nem pré-determinações, temos o Universo como potencial. Podemos ser e chegar a tudo o que quisermos. Podemos sonhar com qualquer coisa.

Depois começam a chegar as restrições. Todas, mesmo que cheguem à vez. Sociais, financeiras, temporais. O sonho começa a ser utopia, depois parece loucura e, às tantas, é uma megalomania ou uma excentricidade (e aqui tudo depende, claro, do dinheiro que se tem).

E os sonhos vão (por causa dos mecanismos de defesa internos, parece-me) parar às prateleiras do esquecimento. Uma espécie de "não desisti mas nem penso nisso". Ou "um dia/quem sabe/talvez".

É bom irmos tirar o pó aos nossos sonhos de infância, de vez em quando. Faz-nos abrir os olhos e olhar para os nossos dias cinzentos de outra maneira.

Com esperança, parece-me...

1 comentário:

Fly disse...

Parece tão simples... Dito dessa forma...