quarta-feira, 28 de maio de 2008

Linguagem

"Linguagem é sempre duplo sentido, alusão.
Só os auto-suficientes supõem que dizem o que querem e com todo o rigor.
Não há tal."

Vitorino Nemésio (1901-1978)

Por acaso...

Domigo à noite, por acaso, voltei a bater com o pé. Com força!
E mesmo ali naquele sítio... Doeu à séria! Doeu até chorar...

Pensei que ia voltar a estar mais uma semana a coxear. E com mais dores...

Afinal... e por acaso...

Ontem andei bem. Mas achei bom de mais para ser verdade. Resolvi tirar as teimas hoje.

E, por acaso... acho que está bom! O osso deve ter ido parar ao sítio certo :)
Siga!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Acaso

"Acaso é o pseudónimo que Deus utiliza quando não quer assinar"

António Lobo Antunes - Segundo Livro de Crónicas

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Boa Sorte, Tiago(s)!


Sabem aquelas coisas que nós dizemos que queremos ser "quando formos grandes"? Tipo... jogador de basket, astronauta (ou viver do subsidio, como está a ficar na moda por estes dias...)?

Lembro-me de querer ser duas coisas, em miúdo (ok, queria ser mais do que isso, mas agora vou esconder ligeiramente a minha costela egoista...): bombeiro e dador de sangue. Obrigado ao meu pai, ele Bombeiro e Dador de Sangue, por me ter sempre levado com ele. Para mostrar que as agulhas não são bicho-papão! :D

Isto para dizer que nunca cheguei a tornar-me bombeiro, mas sou Dador de Sangue. Desde os 18.

Nestes últimos anos, para ter uma referência, resolvi dar sangue em Abril. Mês em que faço anos e, por isso, em que posso dar alguma coisa, além de receber.

Este ano, como andava a tomar umas coisas por causa do pé (esta história do dedo torto começa a tornar-se numa obsessão...) tive de adiar uns dias a dádiva. Mas lá fui, na semana passada. E, como me parece que fazer isso uma vez por ano não é nada de especial, decidi também inscrever-me como Dador de Mèdula Óssea. Já estava marcado para esta semana, quando as minhas horas de almoço voltam a ser maiores e desocupadas.

E foi neste ponto, nesta estranha(?) coincidência, que a Providência resolveu atravessar: hoje houve uma campanha de recolha, nas Medicinas. A favor do Tiago. Ou melhor, organizada para o Tiago, a favor de outros Tiagos que também precisam. Por isso lá fui. E vim, com alguns "mais" na bagagem: mais uma picada no braço, mais um pensinho, mais uma hipótese de ajuda.

Por isso, já agora... Boa Sorte, Tiago(s)!

Se não puderam ir, se não souberam, mas se quiserem saber mais, vão aqui!
'Bora lá?

sábado, 17 de maio de 2008

Alegoria - a vida é como uma dança

A Vida é como uma Dança

Se te preocupas demasiado com os passos e com a coreografia, provavelmente fazes boa figura, com poucos erros, mas acabas sempre a pensar no que poderias ter feito melhor.
A música passa-te ao lado, assim como o teu par, e chegas ao fim a pensar no que fizeste ao tempo.
Por outro lado, se tentares rir...
Provavelmente enganas-te. Fazes uns passos ao lado. A coreografia não fica perfeita.
Mas chegas ao fim a pensar como o tempo passou rápido. Como te divertiste e como até repetias outra vez.
Como sabe bem a companhia do teu par e como ficam giros os movimento dos outros pares.
A Vida não é para ser perfeita. É para ser divertida!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Conceito

Segundo o Dicionário http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx :

CONCEITO
do Lat. Conceptu
s. m.,
tudo o que o espírito concebe e entende;
entendimento, ideia, opinião;
concepção;
síntese;
a mente, o juízo, o entendimento;
máxima;
dito sentencioso;
moralidade;
parte da charada que indica o significado da decifração.

Conceito:
Do alto das minhas certezas, das de agora, sei que a segurança não advém das fortalezas que erguemos. E que nos isolam.
Sei que a proximidade tem duas distâncias e dois sentidos: de mim e para mim.
Sei que a cumplicidade se faz de palavras, de risos e de choros, de tempos e de momentos, de partilhas e proximidades. Em vez de omissões e distâncias e silêncios…
Sei que os outros podem (ou não :) ) gostar de mim por aquilo que sou. Mas que nunca o saberão (saberemos?) enquanto não me conhecerem.

E sei isto porque sei… não, porque sinto que a Vida não é para ser sabida: é para ser sentida!

Sei que muito perdi já, dentro dos meus castelos. E sei que, estranhamente, as minhas seguranças degeneraram em inseguranças.

Sei agora, chegado a esta idade, que a única forma Feliz de enfrentar o Mundo não é armado até aos dentes e com cara de mau (estão a ver? assim tipo Rambo, a chispar fogo pelos olhos, fumo pelo nariz e com cheiro a sovaco fermentado…).
É de braços abertos! De peito feito (como na tropa, e não como… enfim…)! De riso na cara! Sem medo e sem medos…

Ok, isso às vezes faz doer um bocado. Também já sei isso… Os joelhos ficam esfarrapados das quedas e as costas ficam doridas da mochada.

Mas, estranhamente, descobri que a Vulnerabilidade (e a Amizade, e a Proximidade, e a Intimidade, e outras "idades" que tais) não rima com dor, nem com medo, nem com segurança (ainda para mais porque não anda com colete reflector nem com joelheiras e capacete).

Vulnerabilidade rima com entrega (ahahah…).
Vulnerabilidade rima com Integridade.

Vulnerabilidade entretece-se com Felicidade.

Preconceito

Preconceito ou pré-conceito:

É um facto da (minha) vida que a única forma de nos protegermos é escudarmo-nos. Defender-nos. Erguer muros e barreiras. Calarmo-nos e escondermo-nos. Desviar olhares e atenções. Passar despercebidos. Não intervir, não contestar, não opinar.

Fugir?

Portanto,
Preconceito: "a tua segurança é inversamente proporcional à tua vulnerabilidade"

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Gatos e Cães

"- Que disparate! - declarou o Dr. Greysteel. - Quem já ouviu dizer que os gatos fazem alguma coisa útil?
- A não ser olharem-nos com um ar desdenhoso - disse Strange. - Isso tem uma espécie de utilidade moral, acho, ao originar que nos sintamos desconfortáveis, induzindo-nos a reflectir seriamente sobre as nossas imperfeições."
"Jonathan Strange e o Sr Norrell", by Susanna Clarke
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Não sei dizer quantas vezes senti alguma coisa parecida com isto (ou terá sido exactamente isto?).
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Também não sei contar as vezes que me perguntaram (ou perguntei...) "Gostas mais de cães ou de gatos?"
Normalmente gosto mais de gatos! Mas os cães... principalmente alguns cães... deixam-me sempre uma réstia de dúvidas quanto às minhas preferências.
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E hoje tenho andado a pensar nisso. Porquê? Porquê uns ou outros (aliás, uns a outros...)?
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Acho que tem a ver com a minha disposição no momento.
Os cães são dóceis, fiéis, sociáveis. Companheiros!
Os gatos também podem ser eventualmente sociáveis... mas são, essencialmente, selvagens!
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É por essas e por outras que, às vezes, gosto mais de lobos...

domingo, 4 de maio de 2008

Mãe

Já agora que aqui estou, e enquanto o sono não se acumula o suficiente para vencer esta vontade de não-dormir...

Obrigado, Mãe! Gosto muito de ti!

Não porque seja o vosso dia. Não porque só o mereçam um dia por ano :)
Mas esta é uma desculpa tão boa como outra qualquer para dizer o que costumo calar.

;)

Noites mal dormidas

"Noites mal dormidas transformam-se, inevitavelmente, em dias mal vividos!"

Acho que isto é uma parte do que tem acontecido comigo (outra vez...) nestas duas últimas semanas...
E o pior é que existe uma certa tendência para se fechar num ciclo vicioso: as noites começam a ser mal dormidas por causa do pouco (ou mal...) que se viveu o dia.

Poucas horas de sono dão lugar a um cérebro em auto-gestão: assegura as funções vitais, mas o resto nem o café (pouco, muito, whatever...) consegue disfarçar. As obrigações vão sendo executadas tipo autómato, e as introspecções... bem, essas vão sendo adiadas!
Adiadas porque, corras o que correres, há coisas de que não consegues fugir.
Nomeadamente... de ti próprio!

E atendendo às horas a que escrevo isto... amanhã será um belo dia...