quinta-feira, 14 de agosto de 2008

À minha maneira

Há coisas que me chateiam.
Imposições, por exemplo. Falta de escolhas. Falta de explicações. Falta de bifurcações no caminho.
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Imposições de pontos de vista. Os "porque sim (ou que não...)", "porque eu quero", "porque é assim", "porque eu mando"...
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O assumir de que há sempre alguém que sabe mais ou melhor do que nós próprios. O não saber distinguir entre um conselho e uma ordem velada. Entre o ajudar a levantar e a fazer os curativos no joelho e o "eu bem te disse...", de indicador espetado...
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Chateia-me, portanto, esta mania do blogspot de, quando lhe apetece, não assumir os meus espaços entre linhas. Volta e meia, em alguns posts, come os meus enters e junta coisas que foram feitas para ficar separadas.
Porque fui eu que as fiz, e é assim que eu quero!
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(Hoje também é o caso, só para me dar razão...)
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Nesses dias tenho de usar de estratégia: se não aceitas enters (se calhar porque não atinges que facilmente o enter se torna entre...) terás de aceitar pontos.
Que se tornam aqui, literalmente, os meus pontos (de vista).
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Se calhar tenho de fazer isto em mais situações: meter os meus pontos, nem que seja à força (meter as vistas era capaz de ser mais perigoso)!
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Podes não querer fazer o que eu quero; mas eu também não!
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Aqui, pelo menos, há-de ser
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À minha maneira
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Em qualquer dia
A qualquer hora
Vou estoirar
P'ra sempre
Mas entretanto
Enquanto tu duras
Tu pões-me
Tão quente
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Já sei que vou arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira
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Por esta estrada
Por este caminho a noite
De sempre
De queda em queda
Passo a passo
Vou andando
P'ra frente
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Já sei que vou arder na tua fogueira
Mas será sempre sempre à minha maneira
E as forças que me empurram
E os murros que me esmurram
Só me farão lutar
À minha maneira

"À minha maneira", by Xutos & Pontapés, in Vida Malvada

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