Ontem, Quarta-feira, resolvi fazer uma visitinha às Urgências dos HUC. Alguns poderão pensar que estava com saudades do dito local, mas não, não foi a minha alma melancólica que me levou por tais caminhos...
Foram outras três razôes.
Primeiro, o edema no pé direito, que me fazia andar como se fosse a Torre de Pisa, sempre a inclinar-me para um dos lados e em risco constante de cair, associado ao "leve" hematoma que se via de ambos os lados do pé.
Em segundo, as dores que, apesar de terem sido muito mais intensas ainda na Terça, logo depois do jogo, teimavam em não dar grandes tréguas.
E, por último, o descobrir que, para todos os efeitos, estou mesmo a ficar (ou a caminhar...) para velho: deixei de pensar "que se lixe, mais dia menos dia isto vai ao sitio e siga!" para pensar "se realmente parti aqui alguma coisa, daqui a uns tempos começo a andar mal e sempre com dores..." Enfim... velho :)
Por isso, lá fiz a minha inscrição nas Urgências. "Triaram-me", como esperado, para a Ortopedia e siga, fazer um RX. Aquilo até correu muito bem, despachei-me ao fim de duas horitas (a minha média de espera nos HUC baixou, agora, para umas 3 horas e meia...).
Quando, na consulta final, o médico puxou lá das imagens do meu pé, descobri duas coisas.
A primeira foi que as minhas suspeitas (ou esperanças? uns diazitos de férias até calhavam bem...) goraram-se (palavra interessantíssima) e nada de fracturas. Garantido pelo médico! Só dores, mesmo. Gelo e AINE, e siga! Um dia destes a coisa vai ao sitio...
A segunda descobri eu, sozinho, sem sequer precisar de ajuda, enquanto olhava para aquelas imagens no ecrã: as falanges do meu quarto dedo do pé direito estão desviadas (e quando digo desviadas, quero dizer que a posterior flecte para a direita e a média para o sentido oposto...) quando deviam seguir rectas e paralelas às vizinhas. Ou seja, tenho o dedo torto! Ali, branco no azul, que é a nova cor das radiografias digitais, muito mais bonitas no monitor e que sempre dá para fazer um zoom, em caso de dúvidas...
Provavelmente, arrisco eu, partido aqui há uns anos, quando ía a entrar em casa (a correr, claro!, e descalço...) e não me lembrei do novo degrau, recente, e lhe mandei tal pontapé (ou pontadedo...) que me vieram lágrimas aos olhos (à cabeça ainda não me vinham certas coisas...).
O que me pôs a pensar: será isso que me tem desviado, volta e meia, dos "bons caminhos"? Andar "de lado" ou "para o lado"?
E se sim, a pergunta que se impõe, agora, é:
Afinal, do que é que preciso? Para andar a direito? De um corrector (inter-digital, entenda-se) ou de um correctivo?
Se alguém descobrir... avisem!